A caminho da Páscoa

escrito por Padre Mário Mancini

Para todo cristão, iniciar a quaresma quer dizer ir ao encontro da luz de Cristo ressuscitado. Chegar até lá só é possível passando pela conversão. E esse é o convite constante que ouviremos nesta caminhada de quarenta dias.

O tempo quaresmal é, portanto, tempo especial de preparação, que consiste no exercício mais intenso das práticas cristãs, da escuta da palavra de Deus e da oração.

O exemplo de Jesus, que vence as tentações apresentadas por satanás, e, sobretudo, a sua mensagem “convertei-vos e crede no evangelho” estabelecem o objetivo principal desta caminhada quaresmal.

Nunca devemos esquecer que a Quaresma é o chamado e a feliz oportunidade para renovar nossa aliança com Deus e com os irmãos mediante a conversão e a reconciliação, voltando, assim ao estágio primeiro de ser filhos e filhas de Deus e irmãos e irmãs uns dos outros.

Dentre os meios de que o cristão dispõe para valorizar e tornar real seu compromisso de conversão, podemos destacar alguns: a caridade, a oração e o jejum. As três tentações de Jesus no deserto, de alguma maneira ainda se repetem e continuam a ser tentações para a pessoa de hoje.

1) O materialismo, que privilegia a economia de mercado, o consumo exagerado e a exploração do mais fraco.
2) A manipulação religiosa, que se aproveita da fé simples do povo em benefício próprio.
3) A idolatria, que consiste na adoração dos bens terrenos, do poder, do dinheiro, do sexo e promove toda espécie de corrupção.

O homem moderno, portanto, deve lutar contra todas essas novas formas de tentações que procuram afastá-lo de Deus e do compromisso com os irmãos, se não quiser perder sua identidade e dignidade de ser humano.

* Texto publicado no Semanário Litúrgico-Catequético O DOMINGO, de 5-3-2006.


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